Balanço Hídrico Climatológico, Eventos Extremos de Precipitação e Dias Consecutivos Secos: tendência/mudança climática e impactos ambientais no estado de Alagoas, Nordeste do Brasil

Coordenador: Jório Bezerra Cabral Junior

Integrantes: Helder José Farias da Silva / Rebecca Luna Lucena / Lucas de Morais Teixeira / Marcus Vinicius da Silva Leonardo Firmino / Josiel dos Santos Silva / Mariana Guedes Raggi / Simone Affonso da Silva / Melchior Carlos do Nascimento / João Lucas Nunes Cavalcante / Débora Evelly de Melo / Pedro Eduardo Monteiro da Silva / Eliane Barbosa Santos / Nivaneide Alves de Melo Falcão.

Descrição: Diante das mudanças climáticas recentes Eventos Extremos de Precipitação Diária (EEPD) e Dias Secos Consecutivos (DSC) têm afetado o Balanço Hídrico Climatológico (BHC), a produção agrícola, a disponibilidade de águas nos reservatórios, problemas de enchentes, inundação, deslizamento de solo, rompimento de barragens, obstrução de rodovias e outros, no estado de Alagoas. Essas condições não ficam apenas restrita ao meio ambiente, uma vez que também ocasionam danos socioeconômicos e colocam em risco a vida de pessoas. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou que nos últimos 10 anos (2013 a 2022) Alagoas registrou 60.094 casas danificadas e destruídas devido aos impactos associados aos extremos de precipitação. No mês de julho deste ano (2023) foram mais 7 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas e 32 municípios decretaram situação de emergência por causa das chuvas. Por outro lado, eventos de seca afetam a produção agrícola e a disponibilidade de água nos reservatórios do Semiárido alagoano. Devido a essas condições, questiona-se: esses eventos estão aumentando de forma significativa (quantidade, duração e frequência)? Qual o período de retorno em que eles ocorrem? Qual o tempo de resposta entre um EEPD e níveis hidrológicos (nos principais rios do estado)? Como esses impactos poderiam ser minimizados? Para responder a essas questões, serão utilizados bancos de dados diários de precipitação e evapotranspiração no período de 1961 a 2020, para todo o estado de Alagoas, que permita quantificar o BHC, a quantidade, distribuição, frequência e tendências dos EEPD e dos DSC. Será feito ainda uma relação entre a ocorrência de EEPD e impactos hidrológicos nos principais rios do estado de Alagoas. A partir dos resultados alcançados neste projeto será possível realizar uma avaliação espacial dos EEPD e DSC, úteis para subsidiar o planejamento e ação de políticas públicas que visem mitigar impactos decorrentes ao meio ambiente e à sociedade.

Financiador: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.